Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2010

Dinah

Acordei com um aperto no peito, natural, já que ao dormir havia nele um nó. Os olhos inchados e as lágrimas secas finalizaram o quadro, pintado por dores que não são minhas. Dores antigas, quase tão antigas quanto o Sol e a Lua. História já conhecida que, sem entender bem porque, decidi relembrar. Não recordo bem se da primeira vez a história doeu tanto, mas hoje, depois de relembrar, não consigo tirá-la da minha cabeça, nem do meu peito e sei que esse aperto durará o dia todo. E mesmo que eu saiba que é uma história fictícia, ela me parece tão real quanto a comida que me sustenta. A história me fez pensar nos meus antepassados, nas dores deles e no que sofreram. Nos sacríficios, nas saudades, nos amores e também na maldade. E, por mais que tente, não consigo pensar nas felicidades, nos sorrisos. Samhaim se aproxima, e por mais que não me acostume aos festivais celtas, muitas culturas honram os mortos nessa data, sob diferentes nomes. Talvez seja isso que me impele a honrar a memória d
Eu tinha um nome, um nome qualquer. Era simples, simplório até. Mas era meu, e assim me chamavam até que um dia, sem nem praquê, os chamados calaram e o silêncio chegou.