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Mostrando postagens de abril, 2008

Meu baú

Encarei minha alma de frente, fixei os olhos em meu coração, busquei no lugar mais fundo, no canto mais escuro de mim. Vasculhei lembranças, [re]organizei pensamentos. Encontrei pó e caixas fechadas, segredos trancafiados contrastando com portas escancaradas, fotografias desbotadas coladas em papéis velhos cheirando a mofo. Passei por tudo isso e fui mais fundo, encontrei um baú negro como ébano com um cadeado que reluzia. Não havia um milímetro de pó naquela caixa enorme, parecia ter sido colocado a pouco. Forcei a tampa, ela não abriu, puxei o cadeado e era de aço, aquele baú todo era imponente, parecia impossível de se abrir. Senti um peso no pescoço, uma corrente pendurada que eu nunca havia visto, a corrente era comum, mas havia um pingente em forma de chave. Não, era uma chave realmente, bonita e floreada. Segurei e senti como era gelada, firme, como o aço do cadeado. Tirei o colar e testei a chave no cadeado, encaixou. Um vento gelado bateu em meu rosto e deixou um