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Mostrando postagens de setembro, 2009

O encontro

Havia paz naquele sorriso calculado, uma paz incômoda, quase que pertubadora. Não era hora de um sorriso daqueles, se ao menos fosse um sorriso cruel. Os olhos sorriam junto com os lábios, e brilhavam com tanta vida que era difícil acreditar que encaravam a morte de tão perto. E a morte chegava cada vez mais perto, seu cheiro impregnava o ar, o vento uivava ao desviar, temente, da foice. Os passos se aproximavam e o sangue escorria sujando o asfalto. Levou alguns instantes até que a morte chegasse e todo sangue escorresse. Foi quando os olhos brilhantes alcançavam os olhos frios e negros da morte. O sorriso pacifico foi se transformando em êxtase, agora o prazer podia ser lido na face daquele, que, a pouco, havia tirado a vida de alguém, só pelo prazer de encarar a morte.

O Retorno

Sorriu sorrisos falsos quando o sangue voltou a escorrer manchando a página. As lágrimas voltaram a se esconder de medo da maldição. Abriu os lábios, saiu um suspiro, filho bastardo do grito que se calou. Durante um tempo acreditou veementemente que a morte tinha fugido de sua caneta, aproveitou aquela fase longe do rubro líquido. Mas tinha voltado.

Reflexos da dualidade

Às vezes ela volta, posso vê-la em reflexos durante o dia, em flashes na minha mente. Vem acompanhada de suas facas manchadas de sangue, os olhos marcados por lágrimas que não cairam.Ela tem aquele riso irônico que posso encontrar em espelhos, e sinto de longe sua alma pesada. Todas as culpas de uma assassina. Em sua pele todas as maldições cravejadas pelos séculos passados.Ao seu lado a garotinha de vestido branco brinca com o vento, sente a brisa e sorri, sorriso de criança. Os lábios se curvam inocentemente, não reconhecem a maldição, a pureza da idade a livra das culpas do passado e futuras.A vida que emana de uma contrasta com a paixão pela morte da outra. Contrastes, limites, instintos. Ser tantas e nenhuma. Passado?!

365 dias

Quase. Mais uns dias e já posso somar mais uma ano inteiro quando me perguntarem a idade, já posso encher a boca e falar que tenho 20 anos. Em inglês já posso dizer que não vou mais ter teen na idade. Twenty now! Mas de fato o que muda? Quando eu acordar os vestígios da adolescência estarão na cama e eu me levanterei mulher? A mudança, que começou faz tempo, nesses últimos dias tem gritado dentro de mim e, particularmente, hoje (talvez pelo ócio) quer fugir da minha garganta e vestir meu corpo, pentear meu cabelo e tudo o mais. Foi ela que me arrastou até aqui e está me obrigando a escrever esse post (drama! rs). No mais, recomendações: Música: http://www.myspace.com/brunacaram Blog (de moda): www.conversinhafashion.com.br E para quem também precisa mudar e quer um empurrãozinho: http://amandamedeiros.com/ .