Mergulhando com Sedna.

E ela sorriu entre lágrimas de sangue. Havia medo naqueles lábios, dor em seu peito, insanidade em seus olhos.
A carne aberta, exposta, todas as dores de fêmea traída. Entregou seus segredos para o carrasco em pele de príncipe. Agora o bobo da corte tripudiava em seu coração.
Sentia a fisgada do coração partido. Havia abandonado a armadura e o corte foi profundo.
Ela sabia, a dor estaria ali pra sempre. Ela sabia. Teria medo diariamente.
O frio da alma havia voltado muito pior, suas entranhas vazias de fêmea em lua cheia amplificavam tudo.
Seus lábios se abriram quase nada e um som inaudivel escapou: Vem dor, velha amiga, te recebos de braços abertos hoje. Me faz crescer, me ensina, me fortalece.
Que Sedna me guie!

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