Ego

Pegou no colo com cuidado de mãe, ajeitou os braços com delicadeza para deixá-lo mais confortável. Eles tinham-no machucado tanto, feridas abertas sangravam em volta dele.
Uma lágrima escorreu do rosto dela, passou a costa das mãos e secou. Não iria deixar assim!
Ninou aquela criaturinha tão frágil com cantigas decoradas, a letra falava de tudo que os dois, juntos, eram capazes de fazer. Coisas boas, algumas nem tanto, que já tinham feito. Todas as vitórias foram lembradas, uma a uma.
Aos poucos ele foi melhorando, os ferimentos eram profundos, mas ela foi curando um a um. Justificativa atrás de justificativa, ela mostrava os motivos para ele não se entristecer.
Prometeu que iria corrigir tudo aquilo e, que ninguém que o machucasse, ficaria impune.
Iriam mostrar, juntos, que nada do que aqueles estranhos diziam era verdade.

Comentários

Gata Lili disse…
Gostei do seu blog. Adoror esses textos. Sou uma gata blogueira, mas curto muitas outras coisitas!
Deixo o convite para você conhecer meu blog.

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