Eu tinha um nome, um nome qualquer. Era simples, simplório até. Mas era meu, e assim me chamavam até que um dia, sem nem praquê, os chamados calaram e o silêncio chegou.
Há esperança!
Aprendendo a me equilibrar curva a curva de asfalto filosófico, me perdendo em meus próprios pensamentos loucos, me encontrando em cochilos rápidos, procurando a poesia que o tempo levou de mim, tentando unir palavras que minha cabeça esquece, desejando uma máquina que guarde pensamentos...e assim eu vou, caminhando com as pernas imóveis, percorrendo caminhos idênticos: ora reais, ora mentais. O painel cheio de luzes me chama, me convida, tento adivinhar para que serve cada luz, sigo em um jogo sem vencedores, onde os jogadores sou eu e mim mesma. E o tempo passa...as noites vão sempre iguais. A menina segue procurando a mulher, jurando que erraram na receita e colocaram uma alma masculinizada demais para uma pessoa tão pequena. Sem saber se ser menina-mulher-homem é mais um dos muitos contrastes, sigo, tentando crescer, feminizando meu ser sem perder a acidez masculina nem a inocência da menina. Escrevo, sem encontrar a poesia. Pensando que se poeta não combina com minha alma, quem di
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