Aquarela

É como se eu recuperasse a moça imatura que passava madrugadas entre livros e papéis em branco, que logo se sujavam com suas crises existenciais e seus sonhos sem sentido.É como se ela estivesse de novo dentro do meu corpo, como se nossa alma fosse compartilhada novamente.
Eu a sinto pulsando em minhas veias a cada tombo, quando as feridas novas (ou antigas) voltam a sangrar, ou apenas latejam.
Vejo seu reflexo no espelho sempre que essa vontade de escrever me toma, quando criar se torna mais que desejo, uma necessidade. Seu reflexo é colorido, porém são tons pastéis, que a cada lágrima se desbotam mais.Essa moça me diz que mais uma vez eu devo migrar, deixar esse canto e ir em busca da nova fase, mas não posso, não agora, não já. Aqui é minha morada, "Lar doce lar" como há muito tempo eu não tinha.
Essa mesma moça me faz ver que por mais que pareça que não, nosso passado sempre estará em nós. E por isso, ela me dá esperança. Se ela, a jovem revoltada, está em mim, a outra, a doce criança, se mantém em minha pele, se enrosca em meu peito...
Cada letra aqui deixada é um alivio pro peito, é como sentir a vida correndo novamente. Assim eu sigo, suspirando entre as vírgulas, tomando fôlego nos pontos finais e, esperando...o próximo capítulo.
Comentários
pena q percebi tudo isso no fim
tive um sonho ontem, acredite, e estah sendo muito estranho hj em fazer oq vc me disse no sonho.
estranho. confuso. mas gostei, obrigado pela dica, msm q tenha sido em sonho
Um beijo enorme. Liiindo seu texto.
=)
Quando menos esperar, te sentirás mais leve e livre. E verá que aqueles tempos difíceis, na verdade, eram imprescindíveis; que, se não fossem eles, hoje talvez não fosse a mesma... Lembre disso.
... É muito bom voltar ;)
Adoro vir aqui!
Lindas e sensíveis linhas. Nada de revolta, só um coração maior que o peito!
Beijão, guria!!!