Só suspeitas...
Duas palavras ecoavam em sua mente há algumas horas, só duas, sem conexões, só substantivos. Na escuridão do quarto tentava definir o quanto aquele amontoado de letras significava, a sensação que elas causavam, que sentimentos evocavam.
No meio dessas tentativas fechava os olhos e procurava o sono. Ele vinha, forte, pesado, ardia seus olhos. Não o suficiente para impedir as tentativas, elas voltavam e o sono se escondia, dando espaço a lágrimas que não queriam cair.
Um nó ia se apertando no peito, mais e mais, havia um amontoado de sentimentos que, juntos, se anulavam e não sentia nada. Vazio.
Queria poder repetir aquelas duas palavras amaldiçoadas para alguém, ouvi-las se esvaindo com o som de sua voz, perceber melhor o poder delas e decidir o quanto elas podiam machucar, descobrir o quanto a primeira anulava a outra, se tinha o direito de chorar. Não podia, falar elas se agarravam em sua garganta e impediam que a fala saísse.
As palavras continuaram ecoando, elas ecoam ainda: "suspeita câncer".
No meio dessas tentativas fechava os olhos e procurava o sono. Ele vinha, forte, pesado, ardia seus olhos. Não o suficiente para impedir as tentativas, elas voltavam e o sono se escondia, dando espaço a lágrimas que não queriam cair.
Um nó ia se apertando no peito, mais e mais, havia um amontoado de sentimentos que, juntos, se anulavam e não sentia nada. Vazio.
Queria poder repetir aquelas duas palavras amaldiçoadas para alguém, ouvi-las se esvaindo com o som de sua voz, perceber melhor o poder delas e decidir o quanto elas podiam machucar, descobrir o quanto a primeira anulava a outra, se tinha o direito de chorar. Não podia, falar elas se agarravam em sua garganta e impediam que a fala saísse.
As palavras continuaram ecoando, elas ecoam ainda: "suspeita câncer".
Comentários
Parabéns Rô pelos contos!
bjs Ari.