Aprendendo a me equilibrar curva a curva de asfalto filosófico, me perdendo em meus próprios pensamentos loucos, me encontrando em cochilos rápidos, procurando a poesia que o tempo levou de mim, tentando unir palavras que minha cabeça esquece, desejando uma máquina que guarde pensamentos...e assim eu vou, caminhando com as pernas imóveis, percorrendo caminhos idênticos: ora reais, ora mentais. O painel cheio de luzes me chama, me convida, tento adivinhar para que serve cada luz, sigo em um jogo sem vencedores, onde os jogadores sou eu e mim mesma. E o tempo passa...as noites vão sempre iguais. A menina segue procurando a mulher, jurando que erraram na receita e colocaram uma alma masculinizada demais para uma pessoa tão pequena. Sem saber se ser menina-mulher-homem é mais um dos muitos contrastes, sigo, tentando crescer, feminizando meu ser sem perder a acidez masculina nem a inocência da menina. Escrevo, sem encontrar a poesia. Pensando que se poeta não combina com minha alma, quem di...
Não, eu não morri! Mas minha vida ficou uma bagunça, aliás, ela já estava uma bagunça faz um tempo e, eu demorei para tomar atitude. Junte isso a um emprego (sim, señores, agora eu volto para a estátistica dos EMPREGADOS!), às provas da faculdade e a trabalhos freelancer (ou algo assim) e...BoOm! O resultado é total falta de tempo.Sexta as provas acabaram e essa semana tenho vista de prova, acho que não fui muito mal em nenhuma.Vida bagunçada para mim é resolvida de um jeito simples (simples?) peço um tempo de tudo e arrumo o quarto! Separo as roupas que não uso mais, jogo fora os papéis que não uso e toda tranquerada que vou guardando sem nem querer e, ao mesmo tempo, vou jogando fora os pensamentos velhos,limpando as feridas, organizando a cabeça e a alma, polindo o coração. E assim consigo me arrumar.O novo emprego é temporário, mas veio em boa hora, participei de um processo seletivo da Secretaria da Educação no começo do ano e passei. Consegui uma vaga na minha cidade (sim!) e ago...
Um a um vão se desabotoando as presilhas, dedos enfiados na carne para botar a alma à mostra. Desce o zíper da pele para olhar bem fundo no peito. Ei, olha só! Quanta coisa para se ver aqui dentro de mim. Me dá essa faca preu abrir melhor e espaçar os órgãos para te mostrar. Tá vendo? Me revelo para você, minuto a minuto. Você nem enxerga. Nem percebe. Ah! Descobri uma dor nova, vem apreciá-la comigo? Tá vendo como tá enraizada no peito? Ali escondida, atrás de tanta lembrança. Não vê? Veja só, acabei de relembrar esse trauma. Achei que já tinha sido superado, mas que nada, tava ali, atrás da poeira do dia a dia. O quê? Ocupado demais para perceber? Quantos preconceitos! Caramba, quanto machismo. Credo, que horror! Tantos lugares comuns, e essas frases feitas? E esse pensamento rasos? Olha só, esse monte de hipocrisia bem na minha cara. Tudo aqui. Descoberto para você me ver. E você continua ai, sem me ouvir, sem me ver. Enxergando esse monte de pele, parando onde os olhos chega...
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bjinhus..